quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Etica Profissional

É do conhecimento geral que o homem, ao viver em sociedade relaciona-se com pessoas e deste relacionamento surgem os conflitos de interesse, pois cada pessoa tem um objetivo diferente a atingir. Toda sociedade se apoia em regras, normas e leis, visando a convivência pacífica entre seus membros. Quem quebrar uma regra, norma ou lei, deve ser punido, pois os acontecimentos estão demonstrando que a maior força deste século XXI, é a atitude das pessoas. Mostrar um comportamento adequado, uma conduta moralmente aceita e consequentemente Ética, é a essência desejada.
Em todos os segmentos da sociedade a Ética deve ser aplicada e exercida em sua plenitude. Quer nos negócios, na política ou na família, deve estar pautada no respeito, na confiança e na honestidade, que representam os valores morais necessários e isto deve prevalecer.
É lamentável, porém, mas a mídia divulga que no dia-a-dia regras Éticas são quebradas e a sociedade não pode mais aceitar pacificamente essas situações. Pode-se ilustrar com alguns exemplos: uma prefeita não pode contratar o filho para ser secretário de obras, independente que fosse engenheiro ou não; uma instituição educacional não pode abrir cargos visando à contratação de protegidos ou favorecidos; um vereador não pode contratar parentes para atuarem em seu gabinete. A essa sistemática denomina-se de Nepotismo e deve ser combatida. Nepote significa o sobrinho do papa e, por conseguinte, Nepotismo representa a autoridade que os sobrinhos e outros parentes do papa exerciam na administração eclesiástica. Este termo é ainda aplicado na atualidade e com muita freqüência. Ratificando esses exemplos, o Santa em 17.01.2003 publicou que o governador Luiz Henrique assinou a primeira exoneração entre os escolhidos pela nova administração, em nome da exemplaridade, pois era vetado a contratação de parentes de 1º e 2º graus para cargos de confiança.
Na mesma seqüência de exemplos, foi divulgado na Folha de São Paulo em 07 de março do corrente, que a médica sanitarista Margareth Rose Silva Palocci, mulher do ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, foi nomeada assessora da Presidência da Funasa-Fundação Nacional de Saúde, em Brasília, com salário de R$ 4.850,00.
Apenas para esclarecimento, essa cidadã era médica sanitarista da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, percebendo o salário de R$ 1.120,27 e por ser funcionária de carreira da Prefeitura teve que pedir licença para exercer o cargo em Brasília. Ela ficará afastada de suas funções na Prefeitura por um ano, sem receber qualquer remuneração. Se for do seu interesse, poderá pedir prorrogação da licença. Nesse caso específico a comissão de Ética Pública da presidência da República emitiu um parecer favorável à nomeação da médica. Em seu parecer, a comissão diz ter concluído “pela inexistência de óbices de natureza ética” para a contratação da referida médica.
É certo que a Legislação Federal proíbe a nomeação de parentes de até terceiro grau para cargos de subordinação direta, e diante disso ela não poderia ser assessoria de Palocci no gabinete, de acordo com a lei e como foi nomeada pela Funasa, não houve subordinação direta ao marido.
Puro engano, isso é Nepotismo, é burlar a legislação e deve ser realmente combatida essa prática. Por ironia ou não, Palocci e o PT sempre combateram publicamente o Nepotismo. No ano de 2000, em uma cartilha, recomendou aos prefeitos petistas que nunca contratassem parentes. Este episódio acontece em Brasília e em toda parte da país, porém é o momento de reflexão e de mudanças.

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